Maria Lúcia Fernandes Medeiros
ou mais popularmente chamada de Lucinha Medeiros
Nascida em Bragança, Pará, em 15 de fevereiro de 1942, a paraense Maria Lúcia Medeiros foi escritora, poeta e professora.
Morou em Bragança até os doze anos, quando mudou-se para Belém do Pará. Licenciada em Letras pela Universidade Federal do Pará, onde foi professora e pesquisadora.
Um de seus contos, "Chuvas e Trovoadas", foi transportado para a tela do cinema em um curta da paraense Flávia Alfinito. Neste conto, quatro meninas têm aulas de costura nas tardes entediantes que se arrastam nos trópicos da belle époque na Amazônia.
Acometida de uma enfermidade que lhe reduziu os movimentos e lhe tirou a fala ─ mas não a lucidez e o domínio da palavra ─ continuou produzindo e mantendo intenso diálogo com seus pares e seus contemporâneos. Falece aos 68 anos em Belém do Pará.
“Mas havia o sótão e a janelinha e o pedaço de rio, as velas encardidas, o sino das igrejas e as mil e umas vezes que te benzias, mão direita mão esquerda?”
[Trecho do conto Velas. Por quem? - Maria Lúcia Medeiros]
Lindanor Celina ou Lindanor Celina Coelho Casha
Lindanor nasceu em Castanhal em 21 de outubro de 1917, mas, como ela mesmo afirmava, abriu os olhos para o mundo no município de Bragança, aos 11 anos de idade mudou-se para Belém e foi interna do Colégio Santo Antônio. Retornou para Bragança como professora, foi aprovada no concurso público federal e nomeada para a cidade de São Luis, casando-se antes de 18 anos de idade na capital maranhense. Ao ser transferida para Belém, obteve a primeira colocação no concurso nacional promovido pela Aliança Francesa, instituição da qual era aluna o " Tema do teste foi sobre a estação de sua preferência. Eu não conhecia o outono, mas tinha uma paixão por essa estação porque havia lido o Verlaine, eu já cronicava desde 1954 , no jornal Folha do Norte, e este concurso foi em 1957 " o prêmio é uma viagem a Paris, onde mais tarde viveria, com os três filhos para criar e separada. Na folha, escreveu muitos anos na coluna "minarete", conviveu com vários jornalistas, poetas e escritores da cidade, mas quem acreditou no trabalho dela foi Machado Coelho em seguida Dalcídio Jurandir e depois Benedito Nunes. No ano de 1963, publicou seu primeiro livro o romance Menina que vem de Itaiara. É citada como romancista de costumes pelo crítico Afrânio Coutinho, em virtude das " cenas e situações do livro que mostram a boa observação da autora. O Estado de São Paulo escolhe o romance como "o livro do semestre" marco inicial de uma fecunda trajetória literária, este romance abre caminho para Estrada de tempo-foi, Breve sempre, Pranto por Dalcídio Jurandir, A viajante e seus Espantos, Diário da Ilha e Eram assinalados, adicionando inéditas Crônicas Intemporais e para Além dos Anjos (romance). Faleceu em Paris, em 4 de março de 2003.
Lindanor Celina enriquece a Literatura Regional da Amazônia e é considerada como romancista moderna, mais precisamente pós-moderna por causa da fusão do cotidiano com o ficcionismo mostrado em suas obras.